Faxina de feriado. Alguém remexia as coisas velhas aqui em minha casa. Livros, cadernos, revistas, folhetos...tudo que for feito de papel e que se possa imaginar entulhado em um comodo de casa servindo de habitat para inúmeras espécies. Tudo foi revisado e arquivado antes de ser direcionado ou não para o lixo da segunda, é claro.
Nessa revisão, pude salvar algumas coisas antigas que eu tinha feito e/ou que me interessavam. Desenhos, livros antigos, cadernos de escola... Entre essas relíquias remanescentes do naufrágio, encontrei um pequenino texto que escrevi a quatro anos atrás. Achei válido postar ele aqui já que é uma lembrança boa que prova que eu sou "assim" tem algum tempo. Vale a ressalva de que quatro anos na vida de alguém que tem 22, é um bom tempo.
Pois bem', vamos ao texto:
02/11/2007
""Eu de mim mesmo, não sei quase nada, mas desconfio de muita coisa". E por motivo de "achar" me julgo sabedor. É que penso tanto nas coisas da vida, que minha cabeça dói, minha cabeça dói e meu ouvido sangra. De quando em vez me dá até fraqueza.
Mero devaneio... não sei. Digo, acho de despropósito enorme essas palavras. Já que - bem sei, pois me conheço - em breves dias já terão se perdido. Esquecidas. Amassadas num caderno qualquer, na melhor das hipóteses.
A quem quero enganar? Usando uma criatividade não própria, deixo eu de ser criativo. Ou será que não se reconhecer criativo já é criativismo? Mero devaneio... Êita vida besta..."
Pois bem'', eis o texto. É claro que modifiquei um pouco algumas frases que estavam com o sentido embaraçado e revi algumas concordâncias. Mas o cerne do texto continua o mesmo. Os erros de percepção e de entendimento estão lá como o de dizer "bem sei, pois me conheço". Como poderia? Mas enfim, eis o texto.
Curiosidade: Na folha de caderno na qual esse texto estava escrito havia também um desenho de um homem que possuía olhos de Homer Simpson, fumando um cigarro e com semblante triste. Havia ainda uma frase de profundidade e de caráter elucidativo muito grande. A frase dizia: " em briga de saci não tem rasteira". Vai saber...
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