quinta-feira, 23 de abril de 2009
in memoriam
A perspectiva da morte me assombrou esses últimos dias.Assistindo a um filme, vi uma analogia muito interessante a esse respeito.Era algo mais ou menos assim: "...a morte de alguém querido é como quando se sobe uma escada no escuro e se espera por mais um degrau que não existe.A primeira reação é a de um grande susto e depois..." bom, o resto eu não lembro.O caso é que nós, na qualidade de seres vivos, jamais estaremos preparados para a morte, venha ela no formato que vier (se é que existem "formatos" de morte).Digo isso principalmente quando se trata dos jovens que se julgam os Super-Homens, os Capitães Planeta, os Capitães Caverna, as Mulheres-Mararavilha, as Mara Maravilha, as Elke Maravilha, enfim...Os jovens pensam que viverão pra sempre.Não viverão.Já que também sou jovem, falo como fora de mim, como diria o Apóstolo Paulo (mãe ainda lembro da Bíblia!!!).
Essa certeza da morte deveria nos dotar de um equilíbrio quase que divinal, tanto em relação a nossa própria morte quanto a morte de quem nos cerca.Se o que está vivo fatalmente deixará de viver, por que essa realidade tão pertinente a humanidade nos incomoda tanto?Essa resposta é simples.Além do medo do desconhecido, no caso da nossa própria morte, há um outro motivo pelo qual sofremos tanto ao nos deparar com tal realidade : a marca profunda que cada pessoa às quais dispensamos apreço nos deixam.São as lembranças, são as influêcias.Por isso sempre tememos tanto perder alguém, no medo inconsciente de está deixando de construir algo com aquela pessoa, e pior ainda, pensar a respeito disso depois que ela se for.
Esse post veio meio que como produto de mais um fim de noite de intença e imprecisa abstração, desta feita, ao som de um disco de 1969 do Nick Drake.
O que eu quero dizer com isso tudo? não sei bem... mas se conselho fosse bom e se eu fosse bom de conselho eu diria: sinta-se vivo o máximo que conseguir, brother!!! Adquira conhecimento e valorize as vidas humanas que te cercam.Tente ser simples e agradável e depois morra no final, mas só no final.
O que se ouve muito por aí é o jargão " não leve a vida tão a sério", pois bem, proponho-lhes um outro : " não leve a morte tão a sério", só viva mermo e pronto.
Uma nota interessante é que eu já tinha pensado em falar sobre o assunto, mas quando um amigo me mandou essa imagem ... tive que postar.
Outra coisa interessante é que se eu falar do medo (medo da morte inclusive) que nos preserva e nos mantem vivos, eu invalidarei boa parte do que eu disse.Então, deixa esse negoço de medo pra lá, pelo menos até vocês esquecerem desse post.
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Pelo q vejo ,, já não são apenas dois dedos,,
ResponderExcluir"não leve a morte tão a serio"
Sempre consta.
Para que levar a vida tão a sério, se a vida é uma alucinante aventura na qual jamais sairemos vivos.
ResponderExcluirOlá, Luan ! PAssei por aqui, li suas paradas, as levarei pra casa impressas (como devem ser tratados os Tratados...rsrsrs...), e só quero constar minha passagem..., pois no fim das contas, é tudo passagem mesmo: amigos, amores, vocaçõbes e trabalhos, família, ódios e ofensas...até que "passemos" no último passo dessa nossa passagem passageira...Amém...rsrsrs...
ResponderExcluirSacanagens textuais à parte, a parada é séria mesmo...! Parabéns pelo texto, mais ainda pela "cabeça" e pelo "coração" que pensam o texto...! Abração !!!