quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Machos Delta

Assistindo a um seriado, que me foi apresentado por um amigo, fiquei pensando em um diálogo deveras interessante que se passou nesse cujo dito.No seriado (the big bang theory), personagens gênios convivem com pessoas "normais".O diálogo era sobre um cara que pelo simples fato de ter entrado no local onde acontecia uma festa, alterou todo o campo gravitacional do lugar.Segundo um dos personagens, "se esse cara fosse um pouco maior teria uma ou duas luas orbitando em volta dele".Tudo bem! A parte seguinte do diálogo definirá o cerne deste post.Após esses comentários, os personagens partem para observações muito interessantes a respeito da história da evolução da raça humana: "...em épocas antigas da história da humanidade esse cara teria qualquer mulher que quisesse, no entanto, devido a evolução da espécie, houve uma mudança de paradigma e os seres de intelecto elevado passaram a ser os 'Machos Alfa'".

Vamos a essa mudança de paradigma:

Se foi realmente a evolução humana que levou essa mudança de paradigma, foi uma evolução apenas do gênero feminino em relação aos critérios que elas adotavam para escolher seus machos.É bem verdade que durante muito tempo elas sequer tiveram o direito de escolher seus machos, daí a força física era determinante na competição masculina: quem ganha leva a muié.

Depois dessa fase obscura da raça humana, que se eu tivesse alcançado não teria a menor chance de conseguir uma fêmea descente, passemos para a fase na qual as mulheres ganharam autonomia para escolher seus parceiros.Chamaremos essa "fase" da vida humana na terra de "contemponeidade", "nossos dias atuais", "Era de Aquarius" ou apenas de "hje em dia".

Lá vai:"hje em dia" observamos que se a transformação dos seres de intelecto mais elevado em "machos alfa" em detriemento dos de maior força física for sinônimo de evolução, não evoluimos.O que converte um ser humano do sexo masculino altomático- instantêneamente em Macho Alfa é a capacidade que ele tem para ganhar dinheiro.Chegando nesse fim, o dinheiro, não importa como ele o conseguiu:se utilizando a força física, o intelecto ou qualquer que seja o artifício para aquisição e acúmulo (cúmulo) de renda.

Feitas essas observações, que provavelmente estão potencialmente equivocadas, faremos mais uma observação a respeito de como o intelecto privilegiado pode prejudicar um relacionamento, corroborando assim para a suposição que o macho alfa não é, e nunca será, necessariamente, o que possui o intelecto mais elevado.

Lá vai: Se um cara amaldiçoado por Deus, que tem um cabeção (daqui em diante onde ler "cabeção" entenda "intelecto elevado") tem também uma fêmea e essa fêmea faz algo estranho ao comportamento padrão da mesma, esse cabeção possivelmente será levado a crer que essa alternância no padrão comportamental da fêmea, é na verdade, uma tentativa de ocultar algo que o desaponte potencialmente, mesmo que esse comportamento diferenciado seja inconsiente, espontâneo e/ou natural.Daí em diante os seres de intelecto mais elevado se nivelam a maioria de nós mortais.No impagável momento da discursão com a mulher, "seu mininu" que tem o fundamental -1 incompleto, usa os mermos termos que Arthur hawvxzhsch (Phd. em probabilidade quadrática que tende ao infinito) usa: Sua v..., sua p...., vai pra p... Resumindo, via de regra, os cabeções não demoram muito tempo com mulheres, passando assim de machos alfa para, quando muito, para Machos Delta.


Existem várias exeções, com toda certeza.E os machos delta dão certo pra muita gente.Muita gente feminina.Mais um adendo é que essa classe de cabeções são aqueles gênios normais com os quais nos encontramos todos os dias e falamos de assuntos absurdamente banais.Dessa forma, o sr. Arthur hawvxzhsch e sua boca suja não esta inserido nessa classe.O que eu quero dizer é que existem mais gênios por aí do que imaginamos, inúmeros MAchos Delta.
Vamos prestar mais atenção neles.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Evidente (mente), parágrafos avulsos

Você rejeitaria um bom conselho do diabo? Evidentimente, no que diz respeito a minha pessoa, não dou muito ouvidos a entidades terceiras.De fato, o mau conselho do qual quero tratar nesse texto é o nosso próprio mau conselho, que teimamos em atribuir às mais diversas existências.

O que andamos dizendo pra nós mesmos? Evidentemente, no que diz respeito a minha pessoa, não tenho mantido bons diálogos comigo mesmo. Ando meio brigado com a minha essência e ando totalmente afastado de qualquer propósito de vida .

O que estamos produzindo, para materializar e externar parte de nossas idéias? Evidentemente, no que diz respeito a minha pessoa, tem autenticidade e muita hermenêutica escorrendo do meu ctrl c - ctrl v.Essa é a doença do "nada de novo" que o sábio Salomão ja diagnosticava a mais de 900 anos a. C.

O que se passa pela nossa cabeça quando você dançando de olhos fechados? Evidentemente, no que diz respeito a minha pessoa, eu não sei, eu não quero saber, eu não fico pensando.

Tento não ser muito pessoal nos meus posts, mas o máximo que eu consigo é formular frases com sujeito oculto "eu".

Tô pensando em todas as coisas que eu conheço ao mesmo tempo...
Tô pensando em ficar aqui pra sempre...
Tô pensando em "não ser mais quem eu sou".Tô pensando, tô pensando...

... it's a long, long, long way down!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Vocês que fazem parte dessa massa...

Acorde cedo, caminhe até o ponto de ônibus, pegue o ônibus.Sente em algum lugar de onde possas ver quase todos do ônibus, e finalmente, apenas observe.Que coreografia frenética e inconsciente de todos nós!O balanço do "buzão", como um coreógrafo diz:"Todos pra direita" e lá vamos nós, "todos pra esquerda" e vamos nós outra vez, freiada brusca:o princípio da inércia nos é apresentado, na prática.
É uma metáfora simples do que fazemos todos os dias.Em busca da felicidade, da satisfação de nossas necessidades, nos uniformizamos e "fazemos parte dessa massa" que dia após dia está disposta a vender sua força de trabalho e a "dar muito mais do que receber".Mas o que realmente chama atenção na "dança do trabalho" é que se você si perceber como realmente fazendo parte daquilo, pode acontecer que na mais entranha das sensações/reações, sejas acometido por uma crise súbita de orgulho.Talvez o motivo do orgulho seja o fato de fazer parte do rebanho povo brasileiro, talvez uma noção de estar dando sentido à vida através do trabalho, talvez por fazer parte da engrenagem...São possibilidades...
O fato é que "correr atras" não é fácil, e que a rotina é a penosa maldição do homem.Contudo, da próxima vez que você observar a "dança do trabalho" desse "admirável gado novo", poderás (quem sabe) enxergar uma verdade implicitada em todos aquele rostos sem nome: "Povo marcado êh, povo feliz"!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

in memoriam


A perspectiva da morte me assombrou esses últimos dias.Assistindo a um filme, vi uma analogia muito interessante a esse respeito.Era algo mais ou menos assim: "...a morte de alguém querido é como quando se sobe uma escada no escuro e se espera por mais um degrau que não existe.A primeira reação é a de um grande susto e depois..." bom, o resto eu não lembro.O caso é que nós, na qualidade de seres vivos, jamais estaremos preparados para a morte, venha ela no formato que vier (se é que existem "formatos" de morte).Digo isso principalmente quando se trata dos jovens que se julgam os Super-Homens, os Capitães Planeta, os Capitães Caverna, as Mulheres-Mararavilha, as Mara Maravilha, as Elke Maravilha, enfim...Os jovens pensam que viverão pra sempre.Não viverão.Já que também sou jovem, falo como fora de mim, como diria o Apóstolo Paulo (mãe ainda lembro da Bíblia!!!).
Essa certeza da morte deveria nos dotar de um equilíbrio quase que divinal, tanto em relação a nossa própria morte quanto a morte de quem nos cerca.Se o que está vivo fatalmente deixará de viver, por que essa realidade tão pertinente a humanidade nos incomoda tanto?Essa resposta é simples.Além do medo do desconhecido, no caso da nossa própria morte, há um outro motivo pelo qual sofremos tanto ao nos deparar com tal realidade : a marca profunda que cada pessoa às quais dispensamos apreço nos deixam.São as lembranças, são as influêcias.Por isso sempre tememos tanto perder alguém, no medo inconsciente de está deixando de construir algo com aquela pessoa, e pior ainda, pensar a respeito disso depois que ela se for.

Esse post veio meio que como produto de mais um fim de noite de intença e imprecisa abstração, desta feita, ao som de um disco de 1969 do Nick Drake.
O que eu quero dizer com isso tudo? não sei bem... mas se conselho fosse bom e se eu fosse bom de conselho eu diria: sinta-se vivo o máximo que conseguir, brother!!! Adquira conhecimento e valorize as vidas humanas que te cercam.Tente ser simples e agradável e depois morra no final, mas só no final.
O que se ouve muito por aí é o jargão " não leve a vida tão a sério", pois bem, proponho-lhes um outro : " não leve a morte tão a sério", só viva mermo e pronto.



Uma nota interessante é que eu já tinha pensado em falar sobre o assunto, mas quando um amigo me mandou essa imagem ... tive que postar.
Outra coisa interessante é que se eu falar do medo (medo da morte inclusive) que nos preserva e nos mantem vivos, eu invalidarei boa parte do que eu disse.Então, deixa esse negoço de medo pra lá, pelo menos até vocês esquecerem desse post.

Emprestando os ouvidos

Tô assistindo muita TV essa semana.Mas num tô reclamando não.Vi algo a respeito de um ator brasileiro sobre o qual eu não conhecia muito e ainda não conheço.De fato, o que me chamou atenção, foi uma frase que ele, Procópio Ferreira, disse em um entrevista.Alguma coisa mais ou menos assim: "...é uma obrigação ser humano".
Essa frase não é de uma profundidade tão funda, nem mesmo é algo inédito que nunca tenha sido publicado.É algo que diz respeito ao trato com as pessoas, ao relacionamento entre os "indie-víduos".A grande questão é que, na maioria das vezes, agente esquece um pouco (muito) disso.Nem com os da espécie nos preocupamos e deixamos de aprender muita coisa por não ouvir o que as pessoas nos dizem.
Deixando de lado o fato de que muitas pessoas falam muitas coisas sobre diversos assuntos, é preciso ouvir quem fala algo que agrega valores ou apenas conceitos talvez, a nossa essência.A filosofia de buteco é importante. Quem dirá o contrário? Quem está nesse buteco? Tá tomando o que? São coisas que devemos nos perguntar e depois validar, ou não, o que for dito.Quero dizer que esse "conhecimento raro" que sai de quase todo tipo de gente, ao qual devemos estar atentos, pode vir de qualquer parte: na maioria das vezes de "casa" e dos amigos, algumas vezes de estranhos, algumas vezes de ídolos do Rock, em poucos casos ele vem da igreja e em casos de rara "expiração" vem da academia (um olho realmente erudito não falaria assim.Só que olho não fala).

Pois bem...Nada de mais, só isso mesmo.Sei que não fui bem claro, mas a medida que continuar a escrever me farei entender melhor.É que estou ainda, um tanto quanto tímido pra escrever.Pra você ter uma idéia tô digitando com quatro dedos só.O primeiro post digitei com apenas dois dedos de tão tímido que tava.Mas vão ver...A partir do 154236° post já estarei digitando com todos os 10 dedos, até com mais...Ficou meio feio isso, num foi?

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Discurso Preliminar

Bom...Acho que pra começar eu tinha que tecer alguns comentários a respeito de minha pessoa, minha intenção e citar um porque de qualquer coisa que vai se tornar o conteúdo preponderante desse blog.
Na falta de qualquer um desses ítens, vamo pra frente!!!

No entanto, antes de ir a diante (ou parar aqui mesmo), sinto necessidade de tecer qualquer comentário sobre aquilo que veio a ser título do blog.
Falar sobre olhar erudito reporta a transceder o modo convencional de ver as coisas.Correndo o risco de aquelas palavrinhas que encabeçam o blog soarem arrogantemente, quero elucidar que não me julgo possuidor de tal olhar.Me julgo, quando muito, um mero "aspira" a chegar num patamar desses.

Tudo bem...Deixando a modéstia (falsa, e quando não é?) de lado, vou dizer o que disse um "João" desses aí (por acaso, João Guimarães Rosa):..."de certo de nada não sei, mas desconfio de muita coisa".É essas "desconfianças" o conteúdo principal desse blog que deveria se chamar desconfianças, mas não se chama por que eu num quis e pronto!
Boa sorte que eu vou olhar alguma coisa por aqui...